Monday, December 11, 2006

Historia de Santiago de Compostela


São várias as versões sobre Santiago de Compostela.

A 1ª diz que Tiago irmão de João, morreu à espada em Jerusalém, na perseguição desencadeada contra os chefes da igreja por Herodes Agripa.
De acordo com a mais apurada cronologia, o seu martírio ocorreu no ano 42 d.C. .
No século. IX (814), o bispo Teodomiro de Iria descobriu Milagrosamente o corpo do apóstolo e o rei Afonso II, O Casto, edificou uma igreja e um mosteiro sobre o sepulcro do santo.

A 2ª diz que Santiago, o Maior, o evangelho na Hispânia e tendo regressado a Jerusalém, aí sofreu o martírio. Depois, terá sido trasladado para Jope e dali, por mar, para Iria (actualmente Padrón Galiza).
Outro testemunho, diz-nos que após a sua morte, o seu corpo foi recolhido por Atanásio e o Teodósio, e levado num barco que navegaria para Lusitânia. Chagados a Iria Flavia (ria de Arosa), núcleo onde vivia a Rainha lupa, os discípulos suplicaram-lhe para deixar sepultar o seu amigo. A Rainha fingiu ceder ao seu pedido e disse-lhes:
“Ide àquele monte e buscai dois bois que atrelareis a este meu carro e levai vosso Amigo e vosso Mestre para o sepultardes aonde queirais!”
Sabia Lupa que não havia bois mas sim touros bravos naquele pousio. Primeiro, apareceu-lhes um dragão que os atacou. Mas ao fazerem o sinal da cruz, o dragão desfez-se. E milagre, os touros bravos quedaram em bois mansos. Ficou a Rainha convencida da missão religiosa que traziam os discípulos e depois de colocarem o corpo no carro deixaram que os bois seguissem o seu caminho. Onde eles parassem, aí seria sepultado o mestre. Ao lugar, chamaram-lhe, então, de “Liberum Donum” ou “Libre Don”, em recordação dessa oferta. Aqui construíram os discípulos uma capela e aqui viveram e morreram junto do túmulo do Apóstolo.
Posteriormente, segundo refere a tradição, o eremita Pelayo explicou ao Bispo Teodomiro de Iria que durante a noite tinha observado luzes que partiriam da pequena capela. O Bispo foi, então, com uma numerosa comitiva e encontrou num sepulcro de mármore as relíquias do Apóstolo.

No relato Pseudo Turin, Liber Santi Lacobi, conta-se o seguinte: (...) e olhando Carlos Magno para o céu viu um caminho de estrelas que começava no mar da frísia e ia pela Alemanha e pela França, e pelo meio da Gasconha e Navarra, e pela Espanha adiante, terminando na Galiza onde estava sepultado o corpo de Tiago.
Então Tiago apareceu em sonhos a Carlos Magno para lhe explicar o simbolismo da Via Láctea e recomendar-lhe como haveria de seguir aquele caminho para que pudesse venerar as suas relíquias e libertar os seus caminhos muçulmanos.
Assim fez Carlos Magno. Tomou Pamplona, venerou Santiago na sua catedral e deitou ao mar, em terras da Galiza as suas lanchas!
E assim, diz a lenda, se chamou Compostela – campo (campus) + estrelas (Sttela) – a este local.
Santiago foi durante a Idade Media, a zona mais antiga, mais concorrida e mais celebrada de todo nordeste peninsular. A Peregrinação jacobeia a partir de Portugal, que já existe desde da época da Alta Idade Media, intensificou-se com a independência do país em meados do século XII. Desde então o culto jacobeu e a peregrinação a Compostela, considerada como uma das marcas de identidade da cultura europeia, tiveram em terras lusitanas uma projecção muito importante.

” O caminho de Santiago na história do Ocidente significou uma das mais importantes vias de peregrinação e intercâmbios da cultura. Todos os países da Europa medieval contribuíram activamente para a sua criação e na realidade nenhuma nação lhe é historicamente estranha. O caminho de Santiago fundiu o sentir o pensamento de muitos homens e de onde nasceu o constituído o espírito ocidental.”
A Galiza iluminou então ao mundo uma nova estrutura espiritual, que em breve se transformou numa aculturação de ideias, de costumes e técnicas, de civilizações.
Foi pelo caminho de Santiago que circularam Rainhas e príncipes, pintores e artistas, trovadores as cantigas milagreiras, os romances heróicos, as narrativas e as lendas que encheram a geografia literária medieval.

3 comments:

cristina said...

na proxima vez que voces atualizarem isso por favor coloquem o que estamos perguntando

Unknown said...

Adorei hoje uma história contada por um amigo que por acaso anda por Santiago de Compostela para perceber as raízes da religião e porque existe o a.c. e o d.c. ele no fundo é um historiador apesar de dizer que não. Sabe tudo sobre história e eu que me assumo também como cristão neste exacto momento e nunca desde sempre. Sei que a História tem muito que se lhe diga para nos ensinar a como viver actualmente de acordo com os mandamentos de Cristo que são os que importam pois os do Diabo só levam a tudo o que é mau e isso vê-se nas pessoas. Cada vez mais acredito na minha fé. Sei que um dia hei de viajar para sítios de lados históricos quer seja para limpar os meus pecados quer seja por realização pessoal. Ainda bem que existiu alguém como Cristo mesmo tendo morrido da forma como morreu.

porta _515 said...

Jesus está vivo, ele ressuscitou!!!
Jesus é o Rei dos Reis e está a bater á porta do seu coração!!
Abra a porta já...!!!